quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Justiça Federal decidiu e Ministério Público Federal consegue redução de queimadas no norte fluminense

A Assessoria do Minitério Público Federal de Campos divulgou esta tarde, que conseguiu reduzir, a partir de uma Ação Civil Pública, o uso de queimadas na monocultura de cana-de-açúcar nos municípios de Campos, Cambuci, São João da Barra, Itaocara, São Francisco de Itabapoana, Quissamã e São Fidélis. A ação, proposta pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, foi parcialmente deferida pela Justiça Federal, obrigando as usinas Coagro, Santa Cruz, Paraíso de Tocus, Sapucaia S/A e Pureza Indústria e Comércio a extinguir a atividade de queima em 10% da área passível de mecanização. Uma audiência será realizada para definir a situação dos outros 90% da área.

A decisão judicial ainda reforçou que as empresas devem seguir a agenda do Protocolo Agro-Ambiental do Setor Sucroalcooleiro, que suspende as queimadas em dias nos quais a umidade relativa do ar propicie o descontrole do fogo e pede a adoção de várias práticas ambientais. Os réus chegaram a alegar que os danos causados pelas queimadas eram insignificantes perto dos benefícios da atividade, argumento que foi desconsiderado pelo juiz responsável pela decisão.

A Justiça Federal ainda vai avaliar as licenças concedidas por órgãos competentes que permitiam as empresas a continuarem as queimadas. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar na região serão notificados para que comuniquem à Justiça qualquer descumprimento da proibição da queimada. Na Ação, o MPF pediu que todas essas autorizações fossem suspensas. A ação corre na 2ª Vara Federal de Campos.

Comissão da Alerj irá ao Porto do Açu verificar situação da pesca artesanal

A Comissão Especial de Aquicultura e Pesca da Assembleia Legislativa do Rio fará uma visita no dia 11 de novembro ao Porto de Açu, em São João da Barra, para conferir as condições de trabalho dos pescadores. A visita foi marcada após os relatos feitos, na audiência pública realizada ontem (21/10), pelos representantes sindicais das colônias de pesca atingidas. De acordo com a Comissão há uma preocupação com o futuro dessa tradição, que é a pesca artesanal.

A maior reclamação dos pescadores foi a construção de uma draga na costa marítima, que afugentou os peixes prejudicando a qualidade da pesca. Segundo o presidente da colônia Z-2, de São João da Barra, William da Silva a plataforma afasta muitos peixes e mata os que ficam, acabando com a fonte de renda. Para o presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, deputado Rogério Cabral, faltou cuidado à empresa.