segunda-feira, 21 de julho de 2008

Amar ao próximo uma das missões humanas

A vida em toda a sua instância, é repleta de triunfos e perdas, vitórias e sofrimentos, liberdades e sacrifícios. Afinal, do que vale uma vida sem obstáculos? Sempre acreditei que barreiras existem para serem ultrapassadas, ao contrário do que muitos imaginam, onde na primeira barreira termina-se o limite.
Sofrimentos existem, mas somente se fortificam quando não somos capazes de dar valor as pequenas coisas e gestos que nos fazem fortes nos momentos em que nos sentimos fracos.
Infelizmente o egoísmo humano, tem feito cada vez mais vítimas. A sociedade constantemente dissemina o amor pragma e faz questão de esquecer o valor do amor ágape.
O amor pragma prioriza o lado prático das coisas. É o amor interessado em fazer bem a si mesmo a espera de algo em troca. Já no amor ágape a dedicação ao outro vem sempre antes do próprio interesse. É o fato de entregar-se totalmente sem se importar em abrir mão de certas vontades para a satisfação do outro. No limite, é capaz até mesmo de renunciar a alguém se acreditar que este pode ser mais feliz com outra pessoa. É visto por muitos, como uma forma incondicional de amar.
A interpretação cristã sobre a origem de Jesus, engloba o amor ágape para descrever o ato de Deus, que, ao ver a humanidade perdida, entrega seu Filho Unigênito, para ser morto em favor do homem. A Igreja à luz do evangelho dissemina este amor, ou seja, a necessidade de se amar sem comprometimento. Amar ao próximo é assim.
Uma frase, sempre falada pelo Frei Pe. Teodoro Paes, me faz refletir profundamente e é espelho a este pensamento, “Amar ao próximo é morrer para que o outro viva”. A palavra morrer, nesse exemplo não possui o seu sentido categórico de deixar de existir, mas o de colocarmos limite no EU para sermos o NÓS. Quando compreendemos que o EU sozinho não faz absolutamente nada, concluímos que o NÓS é tão forte que supera até barreiras e chega ao triunfo. A partir desse momento podemos compreender que “Não existe triunfo sem perdas, não há vitória sem sofrimento e não há liberdade sem sacrifício”.
Diante desses fatos nos cabe a pergunta: será que conseguimos compreender e praticar o que é realmente amar?
Ruan Sousa

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